O mês de agosto é, por excelência, dedicado à oração pelas vocações na Igreja. Não que não seja uma necessidade constante pedir ao Senhor da Messe que suscite e envie operários, porém, este período é tempo favorável de intensificar o pedido.
Quando falamos de vocação, logo deve vir à mente de cada membro do Corpo de Cristo, o chamado que o Senhor faz a cada um, para que com sua vida, se coloque a disposição Daquele que chama, escolhe e envia em missão. Deste grupo fazem parte todos os batizados, que chamados primeiramente à vida, tem o dever de colocar-se a serviço do Senhor. Nesse sentido, as vocações, como as conhecemos especificamente, são o chamado à vida Matrimonial, ao Sacerdócio Ministerial, à vida religiosa e à vida leiga.
Assim, é importante compreender o papel da Igreja, Corpo Místico de Cristo, no discernimento vocacional e na assistência a cada uma das vocações, para o bem do povo de Deus e a perfeita realização de cada um de seus filhos.
Quanto ao discernimento vocacional para a vida Sacerdotal, reservado a um serviço estritamente masculino, a Igreja dispõe de diversos seminários, que podem ser diocesanos ou religiosos, a partir dos quais, com o carisma de cada um, proporciona aos jovens um profundo discernimento para abraçar, conforme a vontade de Deus, o Sacerdócio Ministerial.
A vocação à vida religiosa, direcionada aos que pertencem a congregações masculinas ou femininas, é amparada pela Igreja através dos diversos institutos, conventos ou casas de formação com este fim. Os religiosos, nesse sentido, são chamados a uma vida de radicalidade do batismo, onde se dedicam a diversos serviços, como em hospitais, casas de repouso de idosos, de recuperação de dependentes químicos, escolas e outros. Em alguns casos, certas congregações masculinas formam religiosos sacerdotes, que além dos mesmos serviços já citados, dedicam-se ao tríplice múnus de ensinar, santificar e governar o povo de Deus através da vida sacerdotal.
A vocação matrimonial constitui a união de um homem e uma mulher a fim de que possam unir-se e gerar novas vidas, através da família. Para isso, diversos serviços constituem aquilo que se denomina Setor Vida e Família e Pastoral Familiar. O objetivo deste serviço é apoiar a família, para que possa existir e viver dignamente, estabelecendo relacionamentos e formando as novas gerações, de acordo com o plano de Deus.
Por fim, da vocação leiga fazem parte todos os não ordenados (os batizados, exceto Diáconos, Padres e Bispos) que estão a serviço, como os membros de Pastorais, movimentos, apostolados e associações. Para a assistência desta vocação, a Igreja dispõe de muitas pastorais e movimentos, que podemos citar: Pastoral dos Coroinhas, Pastoral da Comunicação, Pastoral Litúrgica, Renovação Carismática Católica, Ação social, Comissão para a vida e a família, Setor Juventude, Movimento de Irmãos, e muitos outros que animam a vida da Igreja.
É possível perceber, deste modo, a presença da Igreja no chamado que o Senhor continuamente realiza. A nossa missão, ao mesmo tempo, é a de estar abertos aos seus desígnios, seja qual for nosso chamado. Estejamos, portanto, dispostos a Ele, naquilo que Ele suscitar, a fim de que todo o trabalho que realizemos seja feito por amor a Deus, para que, assim, alcancemos a Santidade.
Continuemos orando ao Senhor para que suscite mais trabalhadores, pois “a colheita é grande, mas os operários são poucos!” (Mt 9, 37)