QUARESMA É CAMINHO
Por Janquiel Pedroso Pires - Quarto ano de teologia
Entrando no tempo quaresmal, a liturgia
nos convida a renovar e reavivar em nossos corações as disposições com que,
durante a Vigília Pascal, pronunciaremos de novo as promessas do nosso batismo.
Assim, unidos a Jesus, que segundo a
tradição bíblica toma o caminho do deserto para aí ser tentado, entramos com a
Igreja na grande provação da quaresma, com a intenção de optar sempre pela
vontade do Pai, em todas as circunstâncias.
A mística quaresmal é centrada a partir
de três aspectos básicos, a saber, a oração, o jejum e a caridade.
A oração, refere-se a espiritualidade
quaresmal que, contemplando a face de Jesus transfigurado, posamos encontrar
n’Ele a força para vencer os sofrimentos e dificuldades da vida que passamos,
até o dia em que poderemos vê-lo na glória do Pai.
O jejum é a penitência que fazemos para
que, com pequenos sacrifícios espirituais apresentados na intimidade
diretamente ao Pai, e unindo ao sacrifício redentor de Cristo, sofredor e
pobre, possamos no Espírito nascer para uma vida nova.
E a caridade se revela quando assumimos
e optamos decididamente pela obediência filial ao Pai, e compreendemos o dom de
se doar aos irmãos, por meio da esmola ou por meio de outras ações concretas.
No Brasil, esta dimensão é assumida através de uma campanha comum de
fraternidade, que une os irmãos em prol de um mesmo tema.
Logo, celebrar no tempo da quaresma, é
percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe à Igreja e a todos os
que o professam como seu Salvador e Redentor. Para que, depois do caminho
percorrido, possamos na noite Pascal, ressuscitar para uma vida nova em Cristo,
na glória do Pai e na unidade do Espírito.
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