29 de fev. de 2016

ARTIGO

QUARESMA É CAMINHO
Por Janquiel Pedroso Pires - Quarto ano de teologia


 Entrando no tempo quaresmal, a liturgia nos convida a renovar e reavivar em nossos corações as disposições com que, durante a Vigília Pascal, pronunciaremos de novo as promessas do nosso batismo.
Assim, unidos a Jesus, que segundo a tradição bíblica toma o caminho do deserto para aí ser tentado, entramos com a Igreja na grande provação da quaresma, com a intenção de optar sempre pela vontade do Pai, em todas as circunstâncias.
A mística quaresmal é centrada a partir de três aspectos básicos, a saber, a oração, o jejum e a caridade.
A oração, refere-se a espiritualidade quaresmal que, contemplando a face de Jesus transfigurado, posamos encontrar n’Ele a força para vencer os sofrimentos e dificuldades da vida que passamos, até o dia em que poderemos vê-lo na glória do Pai.
O jejum é a penitência que fazemos para que, com pequenos sacrifícios espirituais apresentados na intimidade diretamente ao Pai, e unindo ao sacrifício redentor de Cristo, sofredor e pobre, possamos no Espírito nascer para uma vida nova.
E a caridade se revela quando assumimos e optamos decididamente pela obediência filial ao Pai, e compreendemos o dom de se doar aos irmãos, por meio da esmola ou por meio de outras ações concretas. No Brasil, esta dimensão é assumida através de uma campanha comum de fraternidade, que une os irmãos em prol de um mesmo tema.
Logo, celebrar no tempo da quaresma, é percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe à Igreja e a todos os que o professam como seu Salvador e Redentor. Para que, depois do caminho percorrido, possamos na noite Pascal, ressuscitar para uma vida nova em Cristo, na glória do Pai e na unidade do Espírito.

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